segunda-feira, 13 de agosto de 2012


“Sexta-feira, 23:45h. Ele sai da faculdade, vai para um bar. Ao chegar vai direto pedir algo para beber. O bar estava cheio. Ela estava lá. Mas não era nada demais, eles não se conheciam. Ele pega uma bebida e se vira, mas sem querer, a esbarra. Sem olhar quem era, ele apenas pede desculpas. Até que ela responde um simples tudo bem. Sua voz era calma, ele logo a olhou. Ela era bonita, de um jeito meigo, tinha olhos grandes como de boneca. Um sorriso encantador e um cabelo loiro. Ele se interessou por ela. Ela sorriu, e foi se sentar. Ele ficou a olhando, ela havia se sentado sozinha. Ele vai em direção á ela.
— Posso sentar?
— Claro.
— Desculpa pelo esbarrão.
Ela sorri. — Não foi nada.
— Ah, prazer, Gustavo.
— Laura.
Não existia assunto.
— Me fale sobre você.
— Eu? Porque eu falaria? Você é estranho.
— Estranho? Me chamou de feio?
— Não, disse que não te conheço. Que é estranho. Um estranho.
Ele sorri. — Me chamo Gustavo, tenho dezoito. Faço medicina nesa faculdade daqui da frente. E você? Faz faculdade aqui também?
Ela sorri. — Não, não mesmo.
— Faz em outra?
— Não, eu estudo.
— Terceiro ano?
— Primeiro.
Ele para. — Repetiu?
— Estou adiantada.
Ele sorri. Ela fica em silêncio.
— Quer ir lá pra fora? Aqui tá barulhento demais.
Ele faz sim com a cabeça, eles saem e se sentam em uma mesinha. Não tinha assunto, ela pegou o celular e ficou mexendo. Ele puxa da sua mão.
— Ei, devolve.
— Não, agora é meu.
— Nada disso, devolve.
— Não, qual a senha?
— Não direi.
— Então você fica sem.
— Idiota.
— Já me xingando?
— Não, a senha é idiota.
Ele ri. — Boa senha. — Ela puxa o celular da mão dele, logo depois ele coloca a mão na perna dela. Ela tira e sorri.
— Cedo demais.
Ele olha para sua boca e devagar chega perto dela. Ela vai para trás. Ele sem entender a olha decepcionado.
— Devolve.
— Não.
— Tenho que ir embora.
— Porque? Tem hora pra chegar em casa? — Ele ri.
Ela se levanta. — Tenho.
Ele segura seu braço. — Fica.
— Mais cinco minutos.
Ele sorri. — Fiquei pensando e vou te devolver. Mas não de graça.
— O quê quer?
Ele chega perto dela, encosta seu nariz no nariz dela e sussurra. — Você.
Ela sorri. — Devolve primeiro.
— Espera um segundo. — Ele chega mais perto dela e coloca o celular dentro da bolsa.
— Pronto. Agora minha recompensa.
Ela sorri. Ele chega perto e ela o beija. O celular toca.
— Meu pai, ele tá chegando. Tenho que ir. — Ela o beija no rosto. Seu pai chega e ela vai embora. Ao entrar no carro olha para tras e o vê parado na esquina a dando tchau. Seu telefone toca e ela não entende quem era. Apenas estava salvo o número como ” Gustavo barzinho. ”
Ela sorri, abre a mensagem e estava apenas escrito.
— É normal sentir saudades suas?
Ela sorri. Não sabe o quê responder. Ele manda outra mensagem.
— Acho que não.
Ela sorri. E o responde.
— É normal gostar de alguém depois de uma conversa?
— Não, mas deve ser normal gostar depois de um beijo.
Ela sorri. Estava com vontade de o ligar. Mas apenas fechou os olhos e sorriu.”
~ Tua-Idiota. — E em um barzinho, tudo aconteceu.

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